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Trip Report - Disneyland Paris

A celebração de 25 anos da Disneyland Paris e seu lugar no mundo

Trip Report pelo parqueiro: Tayllor de Oliveira Masi

O Resort parisiense é o meu terceiro na lista dos Parques & Resorts Disney espalhados no mundo, já tendo visitado aquilo que a Walt Disney Company oferece de melhor no Japão e nos Estados Unidos. Fiquei apreensivo com os relatos de conhecidos que visitaram o parque nos anos 90 e no começo dos anos 2000, foram críticas em cima de críticas, mas não me abati e troquei os parques Chineses (Shanghai e Hong Kong) pelo destino francês com base em muita pesquisa, e claro se aproveitando do momento celebrativo do Resort que este ano comemora os seus 25 anos de existência e se existe uma palavra que defina estes 25 anos é:

Não é o maior, mas é o mais charmoso.


Minha visita de 12 dias ao Resort aconteceu na última semana da “Season of the Force”, uma temporada marcada por eventos e shows relacionados a série “Star Wars” e na primeira semana da celebração dos “25 anos” do complexo que trouxe inúmeras novidades ao Resort, falaremos sobre elas mais a frente. 



É importante salientar que o Resort acabou de terminar uma série de reformas e atualizações em praticamente todas as áreas, esse pacote de medidas foi executado a fim de elevar o nível do complexo. Enquanto eu não posso falar sobre como as coisas eram no passado eu posso dizer como elas estão agora, e elas são tão mágicas quanto a “Disneyland California” e tão impecáveis quanto a “Disneyland Tokyo” (famosa por sua zeladoria). 

O layout que é extremamente parecido com as outras Disneyland pelo mundo dá um toque de familiaridade a qualquer um que já visitou um “Reino Mágico”, mas é importante notar que existem mais diferenças do que similaridades com os outros parques, a começar com o castelo que é simplesmente estupendo porém não é o maior, mas é certamente o mais romântico de todos e esse romantismo é sentido em todos as áreas do parque. 

Deixando as similaridades de lado e focando nas diferenças a área temática “Tomorrowland” em Paris se chama “Discoveryland” ,uma saída inteligentíssima para o problema que todas as outras “Tomorrowlands” de outros parques sofrem ou vão sofrer em breve, ao invés de focar no futuro a “Discoveryland” apresenta o futuro como imaginado por Jules Verne, o famoso escritor francês de ficção científica e o resultado é uma área com personalidade que será tão relevante daqui 50 anos quanto é hoje. Aqui como em outras áreas futuristas da Disney encontramos uma Space Mountain, mas assim como seu exterior anuncia o seu interior é único já que essa é a única versão da atração com inversões!  

Sempre moderna na imaginação de Jules Verner

Ainda na Disneyland Paris gostaria de destacar a melhor versão da “Frontierland” que eu já tive o prazer de visitar, a área que apresenta o velho-oeste americano e possui uma sinergia maravilhosa entre suas atrações Phanton Manor e a Big Thunder Mountain. 


A  Phanton Manor, a versão europeia da “Mansão do Mal”, conta uma história única muito mais séria que as outras versões, mas ainda consegue trazer as cenas que todos nós adoramos, como o grande baile e as cabeças que cantam “Os fantasmas assustadores, saem para socializar." E em uma cena inédita podemos ver a história da “Adventureland” e saindo da atração é fácil imaginar uma história onde a família que vive na mansão (ainda que agora mortos) um dia foram muito ricos como donos da maior mina de mineração do oeste.  

A Big Thunder Mountain que aqui possui uma sessão inteira por de baixo da terra, leva você até uma ilha central e o seu visual é incrível. Ela é uma das atrações que acabou de receber uma renovação completa e eu posso afirmar que ela parece ter sido inaugurada na semana passada ou até mesmo ontem, além de nova pintura a atração recebeu a cena da explosão antes presente apensa nos Parques & Resorts Disney norte-americanos.

De forma geral a “Disneyland Paris” é um parque que não deve em nada para nenhum outro, na verdade de muitas formas é superior ao original californiano até porque este teve muito mais planejamento inicial. Eu acho importante dizer que este é um parque para ser apreciado os detalhes, escondem romantismo e magia por todos os lados e a transição de área para área me chamou a atenção de tão sutil que acontece.

Agora vamos falar do “problema” do Resort que é o seu second-gate, ou seja, seu segundo parque. Ficando à apenas 5 minutos de distância da “Disneyland”, o “Walt Studios Park”, digo logo de cara de onde vêm todas as criticas e como o problema deveria ser muito maior quando o parque abriu no começo dos anos 2000. O parque não sobreviveria em seu próprio mérito, pois se trata de uma adição das boas, ele “rouba” elementos aos montes do “Disney’s Hollywood Studios” de Orlando, como a “Torre do Terror”e a “Rock’n'Rollercoaster" que são tão legais como sempre foram, no entanto este parque tem um charme que pode passar despercebido.

A princípio o “Studio 1” (que seria sua entrada) é super bem decorado como um estúdio de cinema que abriga um cenário de Hollywood, como nos anos 20 e ali mesmo acontece performances de uma banda que toca clássicos do cinema várias vezes ao dia. Dentre suas exclusividades estão três destaques.


Em primeiro a Crush's Coaster, que você nunca deve ter ouvido falar, mas é uma montanha-russa cujo o seu “carrinho”, ou melhor dizendo, casco de tartaruga gira em seu próprio eixo, enquanto você viaja na corrente sul australiana com Crush e sua turma. Há uma experiência similar a da “Space Mountain" tradicional, mas na minha singela opinião a supera sim. É um passeio com muitas forças e emoções, o problema mesmo é a fila que não cai para menos de 80 minutos.

O segundo destaque é o que pode ser considerado o melhor show de palco de qualquer um dos Parques & Resorts Disney, o“Mickey e o Mágico". É tudo o que se espera da Disney, a magia, a música e a atuação de primeira, portanto vale a pena tirar um dia da sua viagem a Paris só para assistir ao musical de 30 minutos exibido ao menos 3 vezes ao dia.

Para finalizar, “Ratatouille: The Adventure”, é uma tração sem trilhos que se move como mágica e mistura dark-ride com simulação 3D de forma consciente e agrada bastante, mas não sei se valeria uma espera de mais de uma hora, de um jeito ou de outro a atração está à caminho do Epcot, no complexo da  Flórida.

Foi no Walt Disney Studios onde aconteceu a maioria dos eventos relacionados à “Temporada da Força". Tudo muito bem elaborado. A “Celebração Galática”, por exemplo, foi  umespetáculo noturno com projeções na “Torre do Terror”, foram fogos e algo muito mais impressionante para algo que foi considerado sazonal (mas que já está confirmada para voltar no ano que vem)!

Agora vamos falar brevemente sobre o que aconteceu para a celebração dos 25 anos da “Disneyland Paris”, lembrando que a maioria dessas coisas ficará no parque por anos e anos…  

Para começar o primeiro dia de celebração tivemos a estreia da nova parada chamada de “Disney Stars on Parade”. Esta é a parada mais nova a passear por um dos Parques & Resorts Disney e justamente por isso podemos afirmar que é impressionante, porém um pouco curta com apenas 15 minutos de duração do primeiro carro alegórico até o último. O carro de abertura é o do Mickey e sua turma e fecha com um temático de Frozen, que faz até nevar. A escala dos carros impressiona sempre e eles possuem elementos como uma “Roda da Morte” de circo, claro que em uma versão bem suave, mas ainda sim é diferente e faz esta parada se destacar dentre tantas outras. A trilha sonora é competente, mas não supera a da parada anterior (agora extinta), “Magic on Parade”.






Em seguida tivemos algumas formalidades que teve o seu ápice com a presença do vencedor do Grammy, Jonh Legend, que fez um pocket show ao vivo de voz e piano para os presentes e para encerrar sua performance claro que ele tocou o tema de "A Bela e a Fera” o que foi o sinal verde para o magnifico “Disney Illuminations”. O Disney Illuminations é um show de fogos e projeção numa escala absurda e ele foi inspirado na Disneyland Shanghai. Empolgou, encantou e emocionou todos os presentes na celebração. O destaque para mim foram a abertura e o encerramento com o grande chefe Mickey Mouse.




Com tudo isso e mais um pouco que está a caminho do Resort que agora é praticamente de total propriedade da “Walt Disney Company”, eu recomendo sem medo a visita de múltiplos dias ao complexo novamente. Não vá com pressa, aprecie as caminhadas, as vistas, os sons, as fragrâncias do parque e sua boa culinária. Por diversas vezes usei a palavra romantismo para descrever o Resort e não é só um romantismo literário para curtir com Mickey ou Minnie, mas é também um romantismo para com todo o legado e história da Disneyland.

Imagens (c) Tayllor Masi

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Trip Report - Disneyland Paris Trip Report - Disneyland Paris Reviewed by Redação PA on quinta-feira, outubro 19, 2017 Rating: 5

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