Jovens de Balneário Camboriú criam simulador de montanha-russa que é sucesso no país

Já pensou em entrar num jogo de videogame? O professor de design de games Lennon Romano Brisolo, 28 anos, sonhava com isso desde criança. Quando soube que um óculos de realidade virtual, desenvolvido nos Estados Unidos, seria capaz de proporcionar a experiência, não pensou duas vezes em encomendar o produto. Com uma ideia criativa na cabeça, o projeto saiu do papel com ajuda do primo Franco Gonçalves, 31. O resultado é o Rilix Coaster, um simulador de montanha-russa que já vendeu mais de 20 unidades em todo país nos últimos oito meses.

O equipamento é capaz de transmitir a adrenalina de estar num brinquedo de verdade — o jogador fica imerso nos cenários com tubarões, dragões e outros animais, podendo ver cada detalhe em 360º. Sem restrição de idade, o brinquedo tem 17 cenários que permitem ao participante fazer uma simples viagem de trenzinho ou um passeio radical com velocidade de mais de 140 km/h — e o mais incrível, escutar o vento e sentir a vibração de estar despencando.

Para apresentar a ideia ao mercado, os sócios montaram a empresa Rilix, de Balneário Camboriú, e levaram um protótipo para uma feira paulista, em maio de 2014. Depois de vender 13 equipamentos de realidade virtual durante o evento, eles conseguiram mercado em outros Estados brasileiros, como Amazonas, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

— Queríamos fazer um brinquedo que fosse simples de usar, portátil e que ocupasse pouco espaço. Ele tem 45 quilos e não precisa de manutenção. É muito simples de operar. O diferencial está na tecnologia usada, o óculos de realidade virtual foi criado em 2013 e ainda não está no mercado — argumenta Lennon.

Investimento pode render mais de R$ 30 mil por mês

Antes de entrar no mercado, porém, os dois tiveram que bancar a ideia. Os sócios chegaram a gastar mais de R$ 100 mil para construir os primeiros simuladores. O dinheiro veio por empréstimos e pelo apoio de pessoas que se engajaram na ideia. O simulador de montanha-russa custa R$ 44 mil e pode ser adquirido por empresas de festas infantis, shoppings, parques, áreas de recreação ou microempreendedores. Segundo os criadores, um dos clientes que adquiriram o brinquedo teve um retorno de R$ 30 mil em um único mês.

Os sócios também pretendem voltar neste ano para a feira paulista que os lançou no mercado nacional, só que desta vez estarão em um espaço maior e mais preparados:

— Olhando para tudo que passamos, não sei se faria novamente. No começo foi tudo um monstro, mas hoje o limite é o céu — brinca Lennon.

Cenários do simulador:

- Cidade Animada
- Labirinto
- Mundo Geométrico
- Deserto Árido
- Inverno Ártico
- Guerra Explosiva
- Pântano Sombrio
- Ruínas Modernas
- Vida Noturna
- Vila Medieval
- Viagem ao Espaço
- Ilha dos Piratas
- Ilha dos Piratas (modalidade com tubarão)
- Pós Apocalíptico
- Vila dos Dragões
- Casa do Terror
- Ficção Científica

Fonte: Diário Catarinense