Quase definido o local para o Novo Mirabilandia

Um terreno de propriedade do Grupo Peixoto, em Paulista, às margens da BR-101, pode ser o novo endereço do Mirabilandia Park. De acordo com o secretário de Meio Ambiente do município, Fábio Barros, a empresa pediu uma carta de anuência à prefeitura para elaboração de um estudo de viabilidade técnica na área para a instalação do parque. O documento foi entregue à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e, segundo o órgão, a licença prévia segue em discussão. A área com 126 hectares - que pertencia à massa falida da Companhia de Tecidos do Paulista (CTP) e é conhecida como Mata do Ronca - foi arrematada em leilão pelo grupo.

Do espaço total, 30 hectares seriam utilizados para a instalação do parque, sendo a área restante destinada à preservação ambiental, de acordo com o assessor especial da Diretoria da CPRH, Assis Lacerda. Ele também afirmou que a compra do terreno pelo grupo facilitará o controle ambiental da área. “Já houve muitos problemas no espaço, principalmente com o abandono de veículos no terreno. Agora, o grupo vai murar o local”, confirmou Lacerda, que disse desconhecer que o empresário tivesse feito solicitação semelhante para outros municípios.  

Ele enumerou os critérios para uma anuência ser aprovada: “É preciso ter a carta de anuência do município e é crucial que o empreendedor entre com uma proposta na CPRH. Só a partir daí é que se começa uma discussão com os técnicos sobre a viabilidade do terreno para a instalação”.

Segundo o secretário Fábio Barros, a maneira como o parque seria disposto no novo espaço consta no projeto. “Sabemos que há estudo de recuperação da Mata Atlântica, pois trata-se de uma área de preservação ambiental. Po­rém, somente a CPRH pode licenciar o terreno”, afirmou. Caso aprovado, o documento retornará à prefeitura. 

Já o secretário de Turismo do Estado, Alberto Feitosa, disse desconhecer o interesse do Grupo Peixoto em transferir o parque para Paulista. O secretário de Desenvolvimen­to Econômico da Cidade, Rafael Siqueira, contou que se a informação for validada, Paulista irá ganhar. “Economicamente é interessante que o parque venha para cá, pois irá gerar emprego e renda”, avalia. O Mirabilandia informou que só vai se posicionar depois que os procedimentos estiverem concluídos.

Com o desmonte, a transferência, a compra do terreno e a construção do novo parque serão gastos cerca de R$ 30 milhões. Em funcionamento no terreno ao lado do Centro de Convenções (Cecon), o parque vai precisar sair do lugar porque a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-PE) pretende realizar uma ampliação no Cecon, que passará dos atuais 20 mil metros quadrados (m²) para 40 mil m². O contrato do Grupo Peixoto, administrador do Mirabilandia Park, com o Governo do Estado venceu em março de 2011. Na Justiça, a Setur-PE conseguiu uma determinação de que o grupo deixasse o local até junho deste ano. No entanto, um recurso em favor do Grupo Peixoto conseguiu estender o prazo até setembro de 2014.

Fonte: Folha-PE

Enviado pelo membro LucasMonteiro